Empresa Casas Bahia, conhecida vendas, solicitou homologação de recuperação extrajudicial. Passivo financeiro, readequação, emergência, sanitária, alta juros, rebaixamento, taxa juros, desvalorização ações, rankings. (142 caracteres)
O Grupo Casas Bahia, uma das empresas varejistas mais renomadas do Brasil, entrou com um pedido de homologação de recuperação extrajudicial. A solicitação, formalizada pelo escritório Pinheiro Neto Advogados, visa promover a reestruturação do passivo financeiro da empresa, ajustando as emissões de debêntures e cédulas de créditos bancários.
A recuperação extrajudicial é um instrumento importante para empresas que buscam se reerguer diante de uma situação de dívida desafiadora. Nesse contexto, a homologação do pedido permitirá ao Grupo Casas Bahia avançar no processo de readequação de suas finanças, visando uma reestruturação saudável e sustentável para a companhia e seus colaboradores.
Grupo Casas Bahia solicita recuperação extrajudicial e reestruturação financeira
O Grupo Casas Bahia, conhecido como uma das maiores redes varejistas do Brasil, tomou a decisão de entrar com um pedido de recuperação extrajudicial. Esse processo, conforme detalhado no documento oficial, está direcionado especificamente aos créditos mencionados, deixando de fora as dívidas com fornecedores, colaboradores e demais credores da empresa.
Os advogados responsáveis pelo caso destacam que a companhia já conseguiu estender mais de R$ 4,1 bilhões em dívidas financeiras quirografárias, ou seja, aquelas em que os credores não possuem prioridade no recebimento. O protocolo do pedido ocorreu em São Paulo, devido à concentração da estrutura administrativa da empresa na capital paulista.
A justificativa para essa readequação da dívida bilionária está fundamentada no período de emergência sanitária decorrente da pandemia de Covid-19, juntamente com o cenário de alta taxa de juros. Durante o período entre setembro de 2022 e setembro de 2023, a taxa Selic permaneceu em 13,75%, o que posicionou o Brasil com a maior taxa de juros real do mundo, após os descontos inflacionários.
Por outro lado, um aspecto que chamou a atenção, especialmente após a recuperação judicial da Americanas, foi o aumento do spread bancário para as linhas de crédito destinadas à Companhia. Além disso, algumas instituições financeiras diminuíram os limites de crédito disponíveis. Isso resultou em linhas de crédito mais caras e com menor disponibilidade para a empresa.
Os advogados mencionaram no pedido que o aumento das taxas de juros teve um impacto direto no custo do crédito para empresas e consumidores. Outros fatores levados em consideração para a solicitação foram o rebaixamento da empresa no ranking da S&P Global Ratings e a desvalorização das ações, que sofreram uma queda de 80% desde o segundo semestre de 2022.
O pedido de recuperação extrajudicial foi assinado por uma equipe de advogados composta por Giuliano Colombo, André Moraes Marques, Thiago Braga Junqueira, João Guilherme Thiesi da Silva, Manuela de Carvalho Valente de Lima e Maria Fernanda Marchesan Del Grande. Esse movimento busca promover uma reestruturação financeira necessária para a estabilidade e continuidade das atividades do Grupo Casas Bahia.
Fonte: © Conjur
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